Enevoada terra.
Agrilhoada na serra.
Esconde-se sempre
sob o branco véu
das memórias de outrora.
Estreitas e constantes
gotículas de chuva
atuam num eterno bombardeio
de nostalgia
do passado
de fantasia.
Aqui não há mudança.
Há o futuro do pretérito.
Iria, poderia, teria.
Seria.
Lamentações por um futuro que não foi.
Conformações pelo presente branco
tal qual a névoa que a cerca.
Tela para os filmes da memória
dos outros tempos, da infância, da juventude.
O vento frio e cortante
A atmosfera sufocante
A nostalgia constante
Petrópolis, terra de Pedro, terra do Pretérito.
Voi lá! :)
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