sábado, 26 de novembro de 2011

Preterópolis

Enevoada terra.

Agrilhoada na serra.

Esconde-se sempre

sob o branco véu

das memórias de outrora.


Estreitas e constantes

gotículas de chuva

atuam num eterno bombardeio

de nostalgia

do passado

de fantasia.


Aqui não há mudança.

Há o futuro do pretérito.

Iria, poderia, teria.

Seria.

Lamentações por um futuro que não foi.


Conformações pelo presente branco

tal qual a névoa que a cerca.

Tela para os filmes da memória

dos outros tempos, da infância, da juventude.


O vento frio e cortante

A atmosfera sufocante

A nostalgia constante


Petrópolis, terra de Pedro, terra do Pretérito.


Um comentário: