Ah, parede branca!
Não me encares deste jeito.
Já não basta ter que olhar a tua tinta
refletindo as minhas mágoas,
e ainda ecoas o meu passado,
joga-o na minha cara com esse teu irônico branco?
Ah, parede branca!
Acabo de riscar-te com meus gizes de cera.
tudo bem, sei que ainda és branca
mas os riscos em tua tinta
são as minhas cortinas.
o branco;
o cimento;
os tijolos.
São todos teus.
Deixe-me a sós
(eu e os meus riscados)
domingo, 11 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
Pergunte à visão
Permita-me atirar os olhos ao asfalto,
Esperando que encontrem a imagem perfeita
de passos apressados,
de carros embalados,
de chuvas torrenciais.
Permita-me vendar as órbitas vazias,
Renegar a visão e sentir o vazio,
o escuro interno,
o silêncio sincero,
o caminho do inferno.
Deixe que meus olhos rodopiem o mundo,
que avistem paisagens,
que sejam ofuscados pela luz,
que afoguem-se nas noites.
Permita-me que fique paralisado,
e que as imagens vivam sem mim,
e que falem por si.
Porque eu,cego por opção,
cerrei as minhas pálpebras,
e tranquei os meus demônios.
Se meus olhos olharem a minha imagem,
Avistarão um rosto pacífico,
Mas com lágrimas a escorrer;
São eles, os demônios, suspirando o morrer.
Esperando que encontrem a imagem perfeita
de passos apressados,
de carros embalados,
de chuvas torrenciais.
Permita-me vendar as órbitas vazias,
Renegar a visão e sentir o vazio,
o escuro interno,
o silêncio sincero,
o caminho do inferno.
Deixe que meus olhos rodopiem o mundo,
que avistem paisagens,
que sejam ofuscados pela luz,
que afoguem-se nas noites.
Permita-me que fique paralisado,
e que as imagens vivam sem mim,
e que falem por si.
Porque eu,cego por opção,
cerrei as minhas pálpebras,
e tranquei os meus demônios.
Se meus olhos olharem a minha imagem,
Avistarão um rosto pacífico,
Mas com lágrimas a escorrer;
São eles, os demônios, suspirando o morrer.
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