quarta-feira, 9 de março de 2011

Náufrago

O ventilador, a brisa artificial

é o meu feriado entre paredes.


A embriaguez me iludiu

falou que tudo era festa

e tudo era alegria.

Até passar o efeito.

Até perceber que eu era um

corpo boiando na corrente.

Até a onda de felicidade

tornar-se calmaria.

Sem aviso.

Vem o maremoto.

Eu no meio.

As ondas brincando

de me jogar.

Me debato.

Tento respirar.


Nadar. Nadar.


Nada.

O afogamento.


Brisa artificial.

Minha ilha.

Minha cama.



Não quero mais saber de carnaval.

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