O ventilador, a brisa artificial
é o meu feriado entre paredes.
A embriaguez me iludiu
falou que tudo era festa
e tudo era alegria.
Até passar o efeito.
Até perceber que eu era um
corpo boiando na corrente.
Até a onda de felicidade
tornar-se calmaria.
Sem aviso.
Vem o maremoto.
Eu no meio.
As ondas brincando
de me jogar.
Me debato.
Tento respirar.
Nadar. Nadar.
Nada.
O afogamento.
Brisa artificial.
Minha ilha.
Minha cama.
Não quero mais saber de carnaval.
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